//Associação de Retalho repudia intromissão do Governo nos preços

Associação de Retalho repudia intromissão do Governo nos preços

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) repudiou nesta sexta-feira a decisão do Governo de proibir os saldos e considerou que “é uma intromissão sem paralelo” nas relações comerciais e empresariais.

“O que o Governo está a fazer, sem paralelo na Europa e na nossa história democrática, é: neste período, de um dia para o outro, só pode entrar “x” pessoas na sua loja e tem de pagar o que nós queremos que pague, o que nós decidimos, não pode pagar menos” apontou o secretário-geral da AMRR.

Marco Claudino disse à agência Lusa que “não há memória de uma decisão destas e é uma intromissão sem paralelo, porque isto é o Estado a intrometer-se na política comercial de uma empresa e nas relações comerciais e empresariais”.

Marco Claudino disse que a redação do documento do Governo “é bastante equívoca” sobre a proibição dos saldos entre 25 de dezembro e 9 de janeiro”, que foi emitida na terça-feira pelo Conselho de Ministros, enquanto medida de combate à pandemia de covid-19.

“O documento diz que são proibidos em estabelecimentos, portanto exceciona o online, práticas comerciais com redução de preço com exceção das relativas a bens tipicamente comercializados no âmbito do retalho alimentar”, referiu Marco Claudino.

Neste sentido, disse que “hoje é possível ver várias reduções de preço, porque depois de quase dois anos de pandemia, com grande dificuldade de faturação, os comerciantes têm de usar práticas de venda atrativas, principalmente antes do Natal”.