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Promover o regresso ao mercado de trabalho de pessoas com mais de 50 anos é o objetivo da Associação dNovo. E para este ano a meta é acelerar o crescimento do projeto e conseguir duplicar o número de profissionais apoiados, ao mesmo tempo que aumenta a percentagem dos que regressam ao mercado de trabalho. Isto porque em 2022 conseguiu ajudar 40 pessoas, das 176 que apoiava, a encontrar emprego.
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Para 2025, a dNovo “pretende triplicar o número de pessoas com mais de 50 anos, com elevada qualificação e experiência profissional, em situação de desemprego, apoiadas pela associação”, explica a instituição em comunicado.
Como afirma João Castello, “o desemprego sénior qualificado é um fator generalizado de preocupação, não só pelo impacto social que tem nas pessoas afetadas, mas também pelo desperdício de recursos humanos qualificados e de talento desaproveitado”. “A exclusão deste segmento na atividade laboral representa custos elevadíssimos para o nosso país, um cenário que a dNovo quer ajudar a inverter, valorizando o seu conhecimento e experiências e, ao mesmo tempo, sensibilizando o mercado para o valor destes profissionais”, salienta ainda o presidente do Conselho de Administração da dNovo.
A associação sem fins lucrativos contou, no primeiro ano piloto com a colaboração de mais de 80 voluntários que através de mentoria ajudaram os profissionais a tomarem as suas decisões. Para além desta ajuda, a dNovo quer fazer a diferença ao ter impacto direto na sociedade, colmatando lacunas em áreas profissionais que sofrem com falta de talentos. Falta essa que a instituição quer preencher com o aproveitamento de competências seniores.
Por forma a conseguir ajudar ainda mais pessoas e alcançar o seu objetivo de empregar mais pessoas de 50 anos, a dNovo está a desenvolver um novo modelo de envolvimento de empresas, particularmente PME.
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A associação relembra que Portugal é o segundo país mais envelhecido da União Europeia, com cerca de 52% da população acima dos 45 anos (versus 49% para Europa), e onde a percentagem de desempregados e inativos tem vindo a crescer. O envelhecimento verifica-se, claro está, também nas pessoas com formação superior, segmento “segmento em que a população em idade laboral, entre os 45 e 64 anos, aumentou mais de 72% ultrapassando as 563 mil pessoas, entre 2011 e 2021”, detalha a associação.
Deste total eram cerca de 83 mil -entre os 45 e os 64 anos – as que não tinham emprego. Como frisa a dNovo, 77% optaram por sair da população ativa, desistindo de procurar qualquer tipo de trabalho. E, as outras 19 mil (23%) estão no desemprego, um crescimento de 78% entre 2011 e 2021.
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