//Até 2060 haverá menos um milhão de pessoas a descontar

Até 2060 haverá menos um milhão de pessoas a descontar

Em apenas quatro décadas, Portugal terá menos 1,1 milhões de pessoas a descontar para a Segurança Social, em resultado da baixa natalidade e imigração e, sobretudo, de um forte acelerar no envelhecimento no país, segundo as projeções do relatório sobre a sustentabilidade da Segurança Social que acompanha a proposta do Orçamento do Estado do próximo ano. A perda de trabalhadores começa a sentir-se já a partir de 2023.

O documento integra novas projeções da Comissão Europeia, ainda não publicadas pelo Comité de Política Económica do executivo europeu e que apontam para uma antecipação dos custos do envelhecimento numa série de países, com a aposentação das gerações com maior natalidade. As contas públicas vão ficar sob forte pressão, pondo em causa a sustentabilidade dos sistemas de pensões a médio prazo.

No caso português, o relatório entregue ao parlamento aponta para um crescimento da população idosa em 40% até 2048, ano em que se atingirá o pico de envelhecimento do país. No mesmo ano, já estará esgotado o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, a almofada financeira reservada para pagar custos com pensões em caso de défice no sistema previdencial.