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A atividade económica manteve a trajetória de recuperação em maio e junho, mas menos intensa do que no período inicial do desconfinamento, analisa nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística na mais recente síntese económica de conjuntura.
“Os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) apresentaram em maio de 2021 crescimentos significativos ainda que menos intensos do que os verificados em abril, refletindo em parte o facto de maio comparar com um mês homólogo de 2020 em que as restrições impostas à atividade económica em consequência da pandemia tinham já sido aliviadas. Em junho, o indicador de clima económico aumentou de forma ténue, superando nos últimos dois meses o nível observado no início da pandemia (março de 2020)”, refere.
Em abril, o indicador de atividade económica crescia 12,1%, o investimento avançava 29,7% e o consumo privado ampliava-se em 23,7%, refletindo a forte paragem verificada no mesmo período de 2020 e alcançando, por efeito dessa base baixa, valores históricos de crescimento.
Já em maio, manteve-se o crescimento, mas mais moderado, com uma subida de 7,5% no indicador de atividade económica e um abrandamento para 15,6% no indicador relativo ao crescimento do investimento.
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Relativamente a junho, são ainda poucos os indicadores quantitativos conhecidos, com os valores das operações multibanco, vendas automóveis e consumo energético a ficarem abaixo dos registados em maio.
“Com exceção do comércio a retalho e da construção, a generalidade dos indicadores de curto prazo ainda não atingiu em maio os níveis do período homólogo de 2019”, reflete hoje o INE.
“No caso do turismo, a atividade em maio situou-se ainda significativamente abaixo do observado em igual período de 2019. O nível das exportações de bens em termos nominais foi também inferior ao registado no período homólogo de 2019”, junta.
A síntese económica do INE recorda a evolução esperada para a taxa de desemprego de maio, que terá ficado nos 7,2%, com um crescimento de duas décimas, e também retoma os números da inflação esperada em junho, de 0,5% ao nível do índice de preços no consumidor nacional.
Por outro lado, dá conta de uma trajetória favorável no sentimento económico da Zona Euro até junho, mas com uma melhoria “ténue” nas expetativas de encomendas entre os principais clientes das exportações portuguesas.
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