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Os ativos dos bancos europeus caíram cerca de 7% no quarto trimestre de 2022, principalmente devido à perda de dinheiro, segundo a Autoridade Bancária Europeia (EBA), que atribui a queda às alterações na política monetária.
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No relatório de risco trimestral publicado hoje, a EBA (European Banking Authority) especifica que a queda dos ativos entre outubro e dezembro foi marcada pela redução do saldo de caixa (-16%), “presumivelmente” devido ao reembolso pela banca de empréstimos que recebiam do Banco Central Europeu (BCE).
Especificamente os empréstimos TLTRO (Targeted Long-Term Refinancing Operations), que durante a crise da covid-19, foram utilizados pelo BCE para que, em troca de condições muito favoráveis, as instituições financeiras pudessem impulsionar a concessão de empréstimos a particulares e empresas.
No relatório trimestral, a EBA refere-se à forma como o setor bancário europeu foi fortemente afetado em março passado pela falência, primeiro do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos e depois pelo resgate do Credit Suisse, embora note que a sua exposição direta a estas instituições foi “limitada”.
O organismo de supervisão sublinha que, no quarto trimestre do ano passado, os níveis de solvabilidade e liquidez dos bancos europeus permaneceram “sólidos” e a rentabilidade continuou a melhorar.
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A rentabilidade financeira (RoE) aumentou duas décimas de ponto percentual nos bancos da amostra da EBA (os de 30 países, incluindo os 27 países da União Europeia e mais três do Espaço Económico Europeu) em comparação com o terceiro trimestre, para 8%.
Quanto à solvabilidade, medida pelo rácio de capital de qualidade máxima (CET1) e antecipando futuros requisitos regulamentares (“full loaded”), melhorou significativamente nos últimos três meses do ano passado na Europa, subindo para 15,3%, mais cinco décimas de ponto percentual do que no trimestre anterior.
A Espanha continuou a ser o país com o valor mais baixo, o único abaixo dos 13%, seguido pela Grécia, Portugal, Roménia e Áustria, que também não conseguiram atingir o limiar dos 15%.
O rácio NPL (Non-Performing Loan) dos bancos europeus permaneceu estável em 1,8%,
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