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A auditoria às demonstrações financeiras consolidadas relativas a 2020, a cargo da Baker Tilly, indica que a empresa de impressões e artes gráficas fechou o ano 2020 com cerca de três milhões de euros de prejuízo (como já tinha sido divulgado, abaixo do prejuízo de 5,4 milhões de euros de 2019), capital próprio negativo de 19,4 milhões de euros, “uma redução nas vendas e prestações de serviços significativas”, quando decorre o Plano de Recuperações no âmbito do Processo de Insolvência.
Ainda segundo a auditora, no final de 2020, as responsabilidades da Lisgráfica com o Plano de Recuperação ascendiam a cerca de 18,2 milhões euros, incluindo 4,4 milhões de euros à Segurança Social.
“Nestas circunstâncias, em 31 de dezembro de 2020, a continuidade das operações do grupo, a realização dos seus principais ativos fixos (no total líquido de cerca de 4.362.000), a regularização e classificação dos seus passivos (no total de cerca de 28.787.000 euros) depende do futuro da operações bem como da continuação do suporte financeiro das entidades supra referidas, da capacidade de o grupo cumprir o Plano de Recuperação e da aprovação e formalização da componente relacionada com a Segurança social e do apoios dos seus principais acionistas. Esta situação evidencia uma incerteza material que pode colocar dúvidas significativas sobre a capacidade do grupo se manter em continuidade”, lê-se na auditoria às demonstrações financeiras consolidadas de 2020.
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No final de abril, quando divulgou as contas de 2020, a administração da Lisgráfica disse estar a cumprir o plano de recuperação aprovado pelos credores em novembro de 2018 e afirmou que, “apesar de a casa mãe apresentar capitais próprios negativos”, as medidas tomadas para mitigar o impacto da crise gerada pela pandemia de covid-19 vão permitir à empresa “voltar a resultados correntes e resultados operacionais positivos e assegurar, em simultâneo, o serviço da dívida no âmbito do plano de recuperação”.
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