//Aulas recomeçam dia 10 sem confinamento de turmas

Aulas recomeçam dia 10 sem confinamento de turmas

O Governo confirmou esta quinta-feira que a data de reabertura das escolas é mesmo dia 10 de janeiro (próxima segunda-feira), após reunião do Conselho de Ministros. Termina assim o período de contenção para os estudantes, sendo que, agora, em conformidade com as novas orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS), já não há obrigatoriedade de confinar turmas inteiras, caso um aluno teste positivo à covid-19.

De acordo com a DGS, houve uma alteração do conceito de contacto de alto risco, que passa agora a ser apenas quem coabita com o doente de covid-19. Por isso, se um aluno for diagnosticado com a covid-19, apenas ele (salvo se algum colega for coabitante) fica em confinamento e não os colegas de turma.

Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou tratar-se de uma “alteração significativa” nas regras nas escolas.

Além desta nova orientação governamental, o chefe de Governo revelou que, em paralelo com operação de vacinação até dia 9 de todas as crianças entre os cinco e os 11 anos, haverá lugar, “nas próximas duas semanas”, à “testagem dos professores, auxiliares e assistentes operacionais das escolas”. Isto, porque “prevê-se ainda o crescimento do número de casos” e o Governo quer precaver constrangimentos na reabertura do ano letivo.

Inicialmente, o calendário escolar previa que as aulas recomeçassem a 3 de janeiro, mas, a 25 de novembro, o Governo fez um ajuste. Prolongou as férias escolares, relativas ao período do Natal, até dia 7 de janeiro, determinando o recomeço do ano letivo a 10 de janeiro. O adiamento do início das aulas em uma semana será compensado durante o Carnaval, com a redução de dois dias das férias desse período, em fevereiro, e na Páscoa com a redução de três dias das férias deste período em abril.

O regresso das aulas tinha sido dado como certo pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, mas logo de seguida o primeiro-ministro foi mais cauteloso na terça-feira em declarações à CNN: “Esperemos que esta evolução nos permita manter esse calendário como previsto e que as escolas possam reabrir”, disse, antes de ouvir os especialistas na reunião do Infarmed esta quarta-feira.