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O resultado líquido conjunto dos maiores bancos portugueses quase duplicou nos primeiros nove meses do ano face ao mesmo período de 2021 sobretudo devido ao aumento das receitas e às menores provisões e imparidades, refere nesta quinta-feira a DBRS Morningstar.
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Numa análise aos resultados até setembro dos maiores bancos portugueses – Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco Comercial Português (BCP), Novo Banco (NB), Caixa Económica Montepio (Montepio), Banco BPI (BPI) e Banco Santander Totta (Totta), a agência de notação financeira DBRS Morningstar destaca que as receitas comerciais cresceram cerca de 14% no período, impulsionadas pela combinação de maiores margem financeira e ganhos com comissões.
Por sua vez, o total de provisões e imparidades nos primeiros nove meses de 2022 diminuiu 34% face ao mesmo período de 2021, refletindo, em alguns casos, uma reversão das provisões efetuadas em 2020 e 2021.
Até setembro, o lucro conjunto relatado pelos maiores bancos portugueses somou 1913 milhões de euros, acima dos 1.043 milhões no mesmo período de 2021. Numa base trimestral, o lucro aumentou para 620 milhões de euros no terceiro trimestre, face aos 365 milhões do mesmo período de 2021, embora tenha ficado abaixo dos 676 milhões de euros reportados no segundo trimestre de 2022.
“A maioria dos bancos ultrapassou os níveis de lucro pré-pandemia, beneficiando de um aumento significativo da margem financeira e das comissões, devido a um ambiente de taxas mais favoráveis e à recuperação sustentada da economia pós-pandemia, em particular nos setores orientados para as exportações, assim como no turismo”, afirma o vice-presidente sénior da DBRS Morningstar Global Financial Institutions, citado num comunicado.
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Segundo Nicola De Caro, “a qualidade dos ativos continuou resiliente, mas a pressão inflacionista persistente e os altos custos de energia irão provavelmente pressionar os detentores de crédito e aumentar o risco da qualidade dos ativos no médio prazo”, provocando uma desaceleração da economia em 2023.
Ainda assim, a DBRS nota que “os resultados de alguns bancos continuaram a refletir o impacto de medidas de reestruturação, como a simplificação operacional e a alienação de ativos não essenciais, bem como alterações regulatórias recentes”.
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