
A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor apela aos consumidores para que se informem antecipadamente para adequar os orçamentos aos novos valores da prestação da casa.
As mensalidades vão aumentar nos próximos tempos para todo o tipo de empréstimos.
Já este mês, quem tem crédito com Euribor a 3 meses já vai sentir um aumento ligeiro da prestação da casa. O mesmo deverá acontecer em breve para os créditos com indexante à Euribor a 6 e 12 meses.
“Quem contratou um crédito com taxa variável, independentemente do indexando ser a 3, 6 ou 12 meses, sabe que está sempre sujeito às oscilações do mercado”, diz à Renascença a jurista da Deco Natália Nunes
“Aquilo que é fundamental é, sabendo que o crédito está indexado antes da revisão, aquilo que devo fazer é confirmar e verificar qual é que é o impacto que o novo valor vai ter na minha prestação, ir acompanhando o mercado e a fazendo as simulações“, aconselha a jurista.
Uma forma de o fazer é “por exemplo, utilizar o simulador do Banco de Portugal que dá esse valor”, um passo “importante” para as famílias “verificarem se vão ter ou não capacidade de suportar a nova prestação”.
Natália Nunes alerta que este aumento “é já um indicador de que as prestações, possivelmente, não vão continuar a descer, a tendência é para se manterem ou até para poderem vir a subir nos próximos tempos”.
Em caso de “dificuldades em pagar a prestação, a primeira atitude é contactar o banco, no sentido de tentar ver se é possível ou não reestruturar o crédito, rever algumas condições, porque por vezes o crédito até nem está ajustado àquilo que é a prática do mercado“.
Quanto à possibilidade de alterar o crédito para taxa fixa, a jurista da Deco considera que “a própria família tem que analisar e ponderar e saber se quer privilegiar e ter a certeza do valor da prestação, ainda que possa ser ligeiramente mais elevada”. Ainda assim, Natália Nunes adverte para aquilo que tem sido a tendência dos últimos 20 anos. “Do ponto de vista do custo compensa ter uma taxa variável”
“Se a família estiver disposta a ir acompanhando o mercado e fazendo face àquilo que são as oscilações das prestações, então é manter-se na taxa variável”, conclui.
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