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O aumento salarial intercalar de 1% e a subida do subsídio de refeição para seis euros na função pública, que serão pagos em maio com retroativos a janeiro, foram publicados esta quarta-feira em Diário da República.
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A atualização salarial para a administração pública acresce às subidas nominais atribuídas no início do ano de 52,11 euros, para vencimentos brutos até 2.612,03 euros, e de 2%, para valores superiores.
No documento publicado em suplemento na terça-feira, o Governo refere que os suplementos remuneratórios que, nos termos da lei, tenham por referência a atualização salarial anual da função pública ou dos níveis da Tabela Remuneratória Única (TRU), são igualmente atualizados em 1%,
Indica ainda que o disposto neste decreto-lei é aplicável, “com as necessárias adaptações”, aos trabalhadores que exercem funções nas empresas públicas do setor público empresarial.
O Governo justifica estas atualizações com o “contexto inflacionário atualmente vivido”, que afeta diretamente o poder de compra dos trabalhadores e com o facto de o ano de 2022 ter superado as melhores previsões, tanto no que se refere ao crescimento do Produto Interno Bruto como à redução do défice e da dívida.
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Na reunião que teve na semana passada com as estruturas sindicais, o Governo anunciou que os retroativos serão pagos sem retenção na fonte de IRS, sendo o acerto feito em 2024, aquando da entrega da declaração de rendimentos anual do imposto.
Quando anunciou este aumento intercalar, o Governo disse ainda estar a trabalhar para que sejam também publicadas tabelas de retenção na fonte corrigidas, para maio e junho, para acomodar o aumento salarial de 1% e que, em julho, entrará em vigor o novo modelo de tabelas do IRS, já publicadas.
O aumento salarial adicional de 1%, para fazer face à inflação representa um acréscimo nas despesas com pessoal da administração pública de 245 milhões de euros, segundo o Governo.
Já a subida do subsídio de refeição de 5,20 para seis euros representa um aumento da despesa em 144 milhões de euros, a que acresce a despesa fiscal e contributiva de 163 milhões de euros, perfazendo um total de 307 milhões de euros.
A valorização global da massa salarial da administração pública (incluindo todas as medidas, como progressões e promoções) passa dos 5,1% para 6,6%, para 1.709 milhões de euros.
Em termos globais, 40,5% dos 472 mil funcionários públicos terão um aumento de 6% enquanto 16,7% dos trabalhadores terão uma subida salarial de 9,1%.
Considerando as diversas medidas de valorização, incluindo o aumento do subsídio de refeição, mais de 320 mil trabalhadores da administração pública passam a barreira dos 100 euros de aumento, de acordo com o Governo.
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