António Costa parece continuar a contar com Mário Centeno. Se há uns meses não era assim tão claro, tendo-se especulado muitas coisas, incluindo mesmo que o futuro do ministro das Finanças passaria pela Comissão Europeia, agora o caso parece ter mudado de figura.

Em entrevista à SIC Notícias, nesta noite, o primeiro-ministro não foi perentório, mas deixou um sinal de que poderá, caso vença as legislativas de outubro próximo — e se as vencer com maioria absoluta, “tanto melhor”, assumiu, ainda que não mostre confiança nesse cenário “virtualmente impossível” –, continuar a ter o nome de Centeno entre aqueles com os quais conta para formar governo.

Mário Centeno “não deu sinais de estar indisponível para continuar no governo”, afirmou Costa.

Já depois da entrevista, chutou para dia 16 a revelação de “quem o PS vai escolher para encabeçar a lista às eleições europeias”. A lista ainda tem de ser “aprovada na comissão política, mas será seguramente um dos grandes nomes do PS”.

Questionado Por José Gomes Ferreira sobre os protestos dos enfermeiros, o chefe do governo admitiu que vai “comunicar às autoridades judiciárias” a atitude da Ordem dos Enfermeiros, que considera que viola “a lei das ordens profissionais” – uma vez que as ordens não podem exercer funções sindicais, como a dinamização de greves – e pedir que seja retirada à bastonária a idoneidade.

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A possibilidade de aumentos na função pública foi outro tema focado na entrevista desta noite, com Costa a admitir que a progressão poderá voltar com regularidade no próximo ano. Mas não faz promessas fechadas: “Talvez possamos retomar a normalidade”, limitou-se a dizer, fazendo depender essa realidade da manutenção do crescimento e do equilíbrio orçamental.

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