//Aumentos salariais da negociação coletiva incapazes de travar queda real de 1,4% em abril

Aumentos salariais da negociação coletiva incapazes de travar queda real de 1,4% em abril

Os aumentos salariais nominais da negociação coletiva, registados em abril, de 6,4%, não conseguiram conter a erosão provocada pela inflação. Assim, e descontando o efeito da subida dos preços, a atualização média anual das remunerações sofreu uma perda real de 1,4%, face a uma variação inflacionista de 7,9%, calculada a 14,2 meses a partir do mês passado. Um cenário que se agravou depois de a evolução dos ordenados ter estagnado nos 0,4% em março, segundo os últimos relatórios publicados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

Os dados relativos a abril dizem respeito às convenções coletivas cujas alterações salariais se aplicaram, em média, durante 14,2 meses, abrangendo um universo de 95 930 trabalhadores por conta de outrem, o que representa 23% do total de 415,5 mil funcionários que, no mês passado, estavam cobertos por acordos coletivos, segundo o estudo da DGERT sobre “Instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho e variação média das remunerações convencionais de abril”.