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A produção de automóvel em Portugal sofreu uma forte travagem no mês de Março em resultado do impacto do coronavírus. A quebra foi de quase 50% em relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações de Portugal deverão sofrer um impacto significativo com este fenómeno, uma vez que este setor tem como figura de proa a Autoeuropa – que é uma das principais responsáveis pelo equilibrar da balança comercial portuguesa.
Em Palmela, onde está a fabricante da Volkswagen, os números homólogos caíram de 23.847 unidades em março do ano passado, para 12.457. No total, registou-se uma redução de 48%.
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) justifica esta descida com a pandemia COVID-19, que “conduziu a importantes rupturas nas cadeias de
aprovisionamento, nos canais de distribuição, na disponibilidade de mão-de-obra e na
continuidade da actividade dos fornecedores”.
Todos estes fatores tiveram como consequência “o progressivo e
inevitável encerramento das unidades de produção automóvel a operar em Portugal a
partir do final de Março”.
Exportações sofrem
Assim sendo, em Março de 2020 foram produzidos, apenas 17.096 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se
verificado uma queda de 46,1%.
Em termos acumulados, no primeiro trimestre de 2020, registou-se um decréscimo de 18,3% em comparação com
o período homólogo, correspondendo a 77.204 unidades fabricadas em 2020.
Segundo a mesma nota de imprensa da ACAP, a informação estatística relativa aos três meses de 2020 “confirma a importância que as exportações representam para o
sector automóvel”. Relemebre-se que que 98,1% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, o que,
sublinhe-se, contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa.
Neste setor está uma das maiores exportadoras nacionais, a Autoeuropa. A fábrica de Palmela já teve de recorrer ao lay-off simplificado.
A Europa continuou a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional – com 97,5 por
cento – com a Alemanha (19,4%), França (16,9%), Itália (15,7%), Espanha (11,2%) e Reino Unido (9,8%) no topo do ranking
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