//Autoeuropa. Trabalhadores da fábrica de Palmela exigem reforma antecipada aos 55 anos

Autoeuropa. Trabalhadores da fábrica de Palmela exigem reforma antecipada aos 55 anos

Uma eventual greve dos trabalhadores da Autoeuropa “nunca será descartada”, mas “terá de acontecer nos momentos corretos”, diz à Renascença Nuno Santos, da comissão sindical da fábrica do grupo Volkswagen.

Esta terça-feira realizam-se dois plenários com trabalhadores da empresa para discutir o reconhecimento de profissão de desgaste rápido.

“O que nós reivindicamos é a reforma antecipada para os trabalhadores de turnos e de trabalho noturno aos 55 anos”, diz o sindicalista que lembra que, “com os ritmos que se praticam atualmente nas linhas de produção, ninguém consegue trabalhar até aos 67 anos”.

É um cenário que, para o coordenador da comissão sindical da Autoeuropa, “deixa o Governo sem outra alternativa que não seja discutir aquilo que os trabalhadores exigem”.

Confrontado com o possível impacto financeiro de uma reforma antecipada aos 55 anos, Nuno Santos recomenda “bom senso” na discussão.

“Se contabilizarmos os trabalhadores atualmente de baixa a receber dinheiros da Segurança Social devido a doenças profissionais, se calhar, o grande impacto financeiro já está a acontecer. E não por estarem a reformar-se”, conclui.

Para esta terça e quarta-feira, o SITE-Sul convocou plenários na Volkswagen Autoeuropa para discutir eventuais formas de luta a partir da petição pelo reconhecimento das profissões de desgaste rápido na indústria entregue.

O documento, com mais de 13 mil assinaturas, deu entrada na Assembleia da República a 19 de setembro do ano passado e deverá ser debatido pelos deputados em março.

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