//Avarias e falta de trabalhadores fragilizam travessia fluvial no Tejo, dizem sindicatos

Avarias e falta de trabalhadores fragilizam travessia fluvial no Tejo, dizem sindicatos

A falta de trabalhadores e de navios são causas apontadas pelos sindicatos para as falhas no transporte fluvial que liga Lisboa à Margem Sul, admitindo a empresa um aumento das avarias e uma elevada taxa de indisponibilidade dos barcos.

“Muitos dos navios estão avariados e encostados em docas à espera de reparações grandes”, disse em declarações à agência Lusa Carlos Costa, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Os trabalhadores da Transtejo, empresa responsável pela ligação da capital ao Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, realizaram entre o dia 12 e sexta-feira uma greve parcial em cada turno de serviço, o que levou à supressão de algumas carreiras. Esta é uma luta que já se arrasta há meses com sucessivas ações de protesto.

Em causa está, segundo a Fectrans, “o facto de a administração/Governo não ter iniciado um efetivo processo de negociação, de modo a discutir as reivindicações sindicais, das quais, além da valorização salarial, consta a melhoria do serviço público”.

Segundo Carlos Costa, existe uma tentativa de prolongamento de vida dos atuais navios até à chegada dos novos, mas até isso acontecer há muitas supressões, “não estando a ser prestado o serviço público devido”.

Em julho, uma avaria técnica inesperada do ‘ferry’ que opera na ligação Trafaria–Porto Brandão–Belém, entre os concelhos de Almada e Lisboa, levou à suspensão do serviço durante uma semana, uma situação que levou a Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria a realizar um protesto formal.