//Banca acelera no crédito à habitação

Banca acelera no crédito à habitação

Os bancos voltaram a aumentar o valor concedido em novos empréstimos à habitação. Em novembro concederam 822 milhões de euros em crédito para a compra de casa, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal. É uma subida de cinco milhões face a outubro e de mais de 30 milhões de euros em relação a setembro. Já comparativamente ao mesmo mês de 2017 foram concedidos quase mais 50 milhões de euros.

Entre janeiro e novembro os bancos emprestaram mais de 8,9 mil milhões para a compra de casa, uma média de 812 milhões de euros por mês. É o valor mais alto desde 2010. O valor mais alto do ano foi atingido em junho, com o novo crédito a totalizar quase mil milhões de euros.

Apesar deste avanço no crédito concedido o ritmo da subida diminuiu desde julho, mês em que entraram em vigor as recomendações feitas pelo Banco de Portugal. O supervisor quer ver seguidos três limites. Um está relacionado com o montante do empréstimo face ao valor do imóvel. Nos novos créditos para compra de casa o crédito não pode exceder 90% da avaliação que foi feita. Se a casa for detida pelo banco esse limite pode chegar aos 100%.

Para prevenir situações de incumprimento, o Banco de Portugal quer também que o peso das prestações mensais com créditos (à habitação e/ou ao consumo) não ultrapasse 50% do rendimento. Essa taxa de esforço tem de ser calculada não só tendo em conta o valor dos juros na altura em que o crédito é contratado, mas também, “no caso de contratos a taxa de juro variável e mista, deve ser considerado o impacto de um aumento da taxa de juro”, disse o Banco de Portugal.

Outra das medidas para diminuir o risco de incumprimentos no crédito é limitar as maturidades dos empréstimos. Não podem exceder um prazo de 40 anos na habitação e dez anos no consumo. O objetivo é uma “convergência gradual para uma maturidade média de 30 anos até final de 2022”, indicou o supervisor.

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