//Banca com nova vaga de saída de trabalhadores e admite despedimentos

Banca com nova vaga de saída de trabalhadores e admite despedimentos

Os grandes bancos vão reduzir milhares de trabalhadores este ano, um processo que vem acontecendo desde a última crise, mas que em 2021 deverá atingir um novo pico, tendo mesmo BCP e Santander Totta admitido recorrer a despedimentos.

No BCP arrancou na semana passada o plano de redução de trabalhadores, com o banco a contactar cada um dos funcionários que quer que saia e a apresentar as condições da rescisão (desde logo valores das indemnizações). Os trabalhadores poderão sair por reformas antecipadas (para quem tem 57 anos ou mais) ou em rescisões por mútuo acordo. Neste caso, quem sair em rescisão por acordo não acede a subsídio de desemprego.

Contudo, o banco também admitiu que poderá recorrer a “medidas unilaterais” e, na semana passada, em reunião com sindicatos, falou mesmo em despedimento coletivo, indicando que abrangerá “todos os que não aceitem o processo de negociação”.

A intenção do BCP é que saiam até 1.000 trabalhadores, segundo os sindicatos filiados na UGT (Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal, Sindicato dos Bancários do Centro e Mais Sindicato).

Já entre 2012 e 2020, o BCP tinha reduzido quase 2.000 trabalhadores em Portugal, tendo no final do ano passado 7.013 funcionários.

Também o Santander Totta admitiu recorrer a despedimentos.