//Banca continua a reduzir pessoal, mas reforça no digital

Banca continua a reduzir pessoal, mas reforça no digital

Nos últimos anos, a banca tem levado a cabo uma transformação radical do seu modelo de operação justificada pela revolução digital que resultou no fecho de centenas de balcões e na saída de milhares de trabalhadores. Agora, o setor garante que as ondas de saídas em massa de pessoal ficaram para trás, reforçando em áreas específicas para responder aos novos desafios. De acordo com os dados cedidos aos DN/Dinheiro Vivo pelos maiores bancos, nos primeiros seis meses do ano contrataram quase 400 pessoas, principalmente para as áreas tecnológicas, mas também comerciais.

O reforço do quadro de pessoal para estas funções acontece ao mesmo tempo que o número total de trabalhadores continua a encolher, apesar de a um ritmo menos acentuado. Olhando para os números divulgados nas contas relativas ao primeiro semestre do BPI, CGD, Millennium BCP, Novo Banco e Santander o total de balcões decresceu 5,4% para cerca de 2270. Uma tendência que explica, em grande parte, a redução em 1% da força laboral destas entidades financeiras e é impulsionada pela transformação digital. Tendo em conta o conjunto dos dados dos últimos cinco anos, fecharam 883 agências e a redução de 5633 trabalhadores, segundo as estatísticas da Associação Portuguesa de Bancos (APB). No final de 2021, o setor somava 3529 agências em todo o território nacional e 37 759 funcionários. Isto apesar de o setor registar lucro.