//Banca. Malparado e rentabilidade em queda

Banca. Malparado e rentabilidade em queda

O total de crédito malparado continua a descer no setor da banca em Portugal, numa altura em que vigoram moratórias para empresas e famílias, mas a rentabilidade dos bancos também se mantém em queda, afetada pelas medidas adotadas pelo Governo no âmbito da epidemia.

No final de setembro de 2020, os bancos contabilizavam menos 800 milhões de euros em crédito malparado, face ao final do mês de junho, em termos líquidos, tendo em conta as coberturas para perdas esperadas. Os bancos registavam, no global, 6,8 mil milhões de euros de crédito não produtivo líquido, o que compara com 10 mil milhões de euros em setembro de 2019, segundo o relatório relativo ao ‘Sistema Bancário Português’ do terceiro trimestre, que foi divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Em termos brutos, a carteira de crédito malparado dos bancos desceu para 15,4 mil milhões, de euros de 16,2 mil milhões de euros em junho e face a 21,7 mil milhões de euros em setembro do ano passado.

O peso do crédito malparado – NPL na sigla inglesa – na carteira de crédito total recuou 0,2 pontos percentuais (p.p.), para 5,3%, “refletindo uma diminuição dos NPL

superior à dos empréstimos em denominador “, explica o Banco de Portugal no mesmo relatório.

Atualmente, e até ao final de setembro de 2021, estão em vigor moratórias no crédito concedido a famílias e empresas, uma medida que está a travar que dispare eventualmente o nível de incumprimento junto da banca. Portugal vive uma das mais graves crises económicas de sempre devido às medidas adotadas no âmbito da epidemia do novo coronavírus, que afetaram grande parte da atividade económica e levaram ao forte aumento do desemprego.

A crise económica provocada pelas medidas está a deixar a banca em Portugal também cada vez menos rentável.