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Pelo menos até ao final deste ano, os trabalhadores do setor da banca vão continuar a trabalhar a partir de casa metade do mês. O regime de rotatividade entre trabalhadores é para manter enquanto não houver uma mudança nas recomendações das autoridades de saúde relativamente aos cuidados a ter para travar o avanço da epidemia do novo coronavírus.
Desde meados de março que o setor, como o resto do país, se adaptou às recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e às políticas sanitárias do governo. As agências bancárias mantiveram-se abertas, mas com algumas restrições.
“Temos um modelo de trabalho presencial faseado e adaptado aos requisitos de segurança considerados como melhores práticas, que implementámos em maio e que vai permanecer pelo menos até final do ano”, indicou fonte oficial do Millennium bcp. “Cerca de 50% das pessoas estão presentes fisicamente no local de trabalho, com as restantes em teletrabalho, num regime de rotação. Contudo, temos algumas áreas em que, em condições de segurança, há 100% das pessoas presentes fisicamente, enquanto em outras áreas há apenas cerca de 30% das pessoas presentes”, adianta o banco liderado por Miguel Maya.
Além disso, permanecem em teletrabalho os colaboradores que apresentem declaração médica a comprovar riscos acrescidos associados a doença crónica, e colaboradoras grávidas. “São ainda tidos em conta fatores como o transporte utilizado para a deslocação para o local de trabalho”, frisa o banco. No BCP, “quinzenalmente, a comissão executiva reúne o Gabinete de Crise, do qual fazem parte especialistas multidisciplinares entre os quais se destacam naturalmente as competências médicas, com vista a monitorizar a situação e a incorporar nas atuações do banco eventuais avanços que tenham ocorrido no campo científico da proteção e combate à pandemia”.
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No Banco BPI, “nos serviços centrais, as várias equipas estão organizadas entre teletrabalho e trabalho presencial num modelo rotativo com o total de presenças definido por edifício”. “Nos balcões, há também rotatividade entre trabalho presencial e teletrabalho, contudo, a percentagem de colaboradores em trabalho presencial é maior”, apontou fonte oficial do banco.
A instituição financeira adianta que “no imediato, pretende-se manter este regime e efetuar as alterações ou ajustamentos que se mostrem necessárias em função da realidade concreta da pandemia e das orientações do governo e das autoridades de saúde, com o propósito de procurar garantir a proteção da segurança e saúde dos colaboradores e mitigar o risco de contágio”.
Também no Santander o cenário é idêntico. “Neste momento, temos 50% dos colaboradores nos edifícios centrais, em regime de rotação, exceto os colaboradores dos grupos de risco que se mantêm em teletrabalho exclusivamente. Fizemos adaptações físicas nos nossos edifícios centrais, para garantir distanciamento de segurança entre as pessoas”, precisou fonte oficial. Em relação aos balcões, “que se mantiveram sempre abertos, os trabalhadores estão em regime presencial ou em rotação”.
A situação pode, no entanto, mudar. Tanto o primeiro-ministro, António Costa, como o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitem o regresso a medidas mais restritivas, caso os dados divulgados pela DGS sobre o número de infetados e de mortes relacionados com a covid-19 registem uma subida.
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