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O Banco de Inglaterra subiu esta quinta-feira a taxa de juro de referência em 0,75 pontos para 3%, o maior aumento desde 1989 e o nível mais alto desde 2008, para travar a taxa de inflação, foi anunciado.
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O Comité de Política Monetária do banco emissor britânico votou por maioria (7 contra 2) a favor deste aumento do preço do dinheiro, como forma de controlar a inflação homóloga no Reino Unido, que se situa em 10,1%, em comparação com o objetivo oficial de 2%.
Num comunicado, a entidade indicou que o Reino Unido pode estar a caminho de entrar em recessão, que poderá ser prolongada, embora tenha dito que espera que a inflação caia significativamente a partir de meados de 2023.
O objetivo da taxa de inflação do Banco de Inglaterra (Bank of England, BoE) é 2%, e como esta ultrapassa atualmente 10%, “serão necessárias novas subidas para atingir o objetivo”, indicou o BoE.
O banco central do Reino Unido advertiu que poderão ser necessárias novas subidas das taxas de juro, possivelmente para 5,2%, para fazer descer a inflação para 2%.
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Um membro da comissão votou por um aumento de 0,50 pontos percentuais, enquanto outro optou por um aumento muito menor de 0,25 pontos percentuais.
De acordo com os cálculos do BoE, a inflação poderia atingir 11% no final deste ano, enquanto a taxa de desemprego no Reino Unido poderia atingir 6,4% no final de 2025, contra a atual de 3,5%.
Na sequência do anúncio, o ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, afirmou num comunicado que “a coisa mais importante que o Governo britânico pode fazer é restaurar a estabilidade, reparar as finanças públicas e reduzir a dívida de modo a que os aumentos das taxas de juro se mantenham tão baixos quanto possível”.
“É por isso que a prioridade deste Governo é controlar a inflação e hoje o BoE tomou medidas” para voltar ao seu objetivo de inflação (2%)”, acrescentou.
O ministro observou que as taxas de juro estão a subir em todo o mundo devido a um aumento dos preços em resultado do impacto da pandemia da covid-19 e da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A dívida acumulada do Reino Unido era de 2,45 biliões de libras (cerca de 2,80 biliões de euros) no final de setembro, equivalente a 98% do Produto Interno Bruto (PIB).
O novo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, tomou posse na semana passada com o objetivo de superar a crise económica no Reino Unido, principalmente devido ao aumento dos preços da energia em todo o mundo.
Hunt deverá apresentar o plano do Governo para limpar as finanças públicas ao parlamento em 17 de novembro e deverá anunciar novas medidas, possivelmente um aumento de impostos e cortes na despesa pública.
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