O Banco de Portugal (BdP) manteve esta segunda-feira as previsões para a economia portuguesa em 2020, antecipando uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,1%, de acordo com o Boletim Económico hoje divulgado.
As projeções mantêm a estimativa para o PIB de 2020 divulgada em outubro, devido à conjugação de dois fatores de sentido oposto: a recuperação no terceiro trimestre foi superior ao antecipado, mas a evolução da pandemia e das medidas de contenção levaram à revisão em baixa da atividade no quarto trimestre, refere o BdP.
As previsões do banco central são assim mais otimistas do que as do Governo, que apontou para uma quebra de 8,5% da economia nacional este ano, nas projeções divulgadas aquando da apresentação do Orçamento do Estado para 2021.
A previsão mais pessimista continua a ser a do Fundo Monetário Internacional (FMI), que espera uma contração de 10% do PIB nacional, seguindo-se as da Comissão Europeia (CE) e Conselho das Finanças Públicas (CFP), nos 9,3%, com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a apontar para os 8,4%.
No mesmo Boletim Económico hoje conhecido, o Banco de Portugal (BdP) diz esperar, contudo, que em 2021 o Produto Interno Bruto (PIB) português suba 3,9%, naquela que é a primeira projeção divulgada pela instituição para os próximos anos.
Esta previsão é mais pessimista do que a do Governo, que espera um crescimento económico de 5,4% em 2021, tal como a Comissão Europeia (CE), ao passo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se revela ainda mais otimista, apontando para um crescimento de 6,5%.
Para 2022 e 2023, a instituição liderada por Mário Centeno espera um crescimento económico de 4,5% e 2,4%, respetivamente.
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