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O endividamento da economia nacional voltou a subir em setembro. Os dados do Banco de Portugal, tornados públicos esta quinta-feira, 19 de novembro, indicam que o endividamento total do setor não financeiro – ou seja, famílias, empresas e Estado – subiu para os 738,025 milhões de euros. Setembro foi assim o terceiro mês consecutivo de subida do endividamento da economia portuguesa. O rácio do endividamento do setor não financeiro subiu para 359,3% do produto interno bruto (PIB).
A fatura que a pandemia de covid-19 tem passado à economia nacional tem determinado assim um aumento do endividamento. Desde março que o Executivo de António Costa tem implementado um conjunto de medidas para apoiar o emprego e as empresas – como por exemplo o regime de lay-off simplificado que vigorou até ao início do verão – que exigiu mais dinheiro dos cofres do Estado. No final do terceiro trimestre, a pandemia continuava a exigir que o Estado português ajudasse a economia.
Os dados do banco central mostram que o endividamento do setor não financeiro cresceu 1,5 mil milhões de euros em setembro face ao mês anterior, algo que ficou a dever-se a uma subida na casa dos 900 milhões de euros do endividamento do setor público e de 600 milhões de euros do endividamento do setor privado.
Assim, o endividamento do setor privado não financeiro (empresas não financeiras e famílias) ficou nos 402,7 mil milhões de euros. E o endividamento do setor público não financeiro ficou em torno nos 335,3 mil milhões de euros em setembro.
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“O incremento do endividamento do setor público refletiu-se, sobretudo, no crescimento do endividamento face às próprias administrações públicas (0,9 mil milhões de euros) e face ao setor financeiro (0,9 mil milhões de euros). Estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento face ao exterior (1,0 mil milhões de euros)”, indica a instituição liderada por Mário Centeno.
Centeno pede calma nos apoios públicos contra a pandemia
A crise económica que estamos a viver provocada pela pandemia de covid-19 “não é estrutural” e os apoios do governo a famílias e empresas para ajudar a responder a esta crise só podem ser “temporários”, devendo ser removidos logo que esta crise pandémica tenha terminado, avisou o ex-ministro das Finanças, agora governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, no início desta semana.
Ou seja, para o economista, esta crise não é estrutural, portanto o adicional de apoios públicos também não o deve ser.
“Estes apoios públicos devem ser temporários, tendo em conta que esta crise não é estrutural”; “não devemos alterar as características fundamentais do nosso sistema de apoios sociais e económicos”, declarou o ex-ministro.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h50)
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