O Banco de Portugal entregou ao Estado 607 milhões de euros de dividendos relativamente ao ano de 2019, um valor inferior ao montante recorde de 645 milhões de euros distribuído no ano passado.

Somando dividendos e impostos, o supervisor bancário entregou ao Estado 956 milhões de euros referentes ao exercício que findou em dezembro passado.

O Orçamento do Estado para 2020 previa receber 468 milhões em dividendos do Banco de Portugal.

“O resultado líquido do Banco de Portugal em 2019 foi de 759 milhões de euros, próximo do valor obtido em 2018 [806 milhões de euros]”, referiu o supervisor num comunicado divulgado esta quarta-feira, relativo ao seu ‘Relatório de Atividade e Contas’ de 2019, anunciado hoje.

“O resultado líquido de juros e de gastos e rendimentos equiparados, que totalizou 998 milhões de euros, correspondendo a uma redução de 67 milhões de euros face a 2018, num contexto de redução das taxas de juro, tanto ao nível da gestão de ativos, como em termos de política monetária”, adiantou.

O balanço do Banco de Portugal aumentou 2.000 milhões de euros para 160 mil milhões de euros, com a valorização do ouro a explicar grande parte desta evolução.

As reservas de ouro detidas pelo banco central permaneceram estáveis em 382,5 toneladas, estando avaliadas em 16,7 mil milhões de euros. Trata-se de um aumento de 2,9 mil milhões de euros, justificada pelo aumento de 20,8% da cotação do ouro nos mercados.

A carteira de títulos de dívida pública portuguesa aumentou 4,1 mil milhões de euros para 34,8 mil milhões de euros, na sequência do aumento da participação no programa de compra de ativos no mercado secundário no âmbito da política decidida pelo Banco Central Europeu.

Ver fonte