O Banco de Portugal pode ir buscar 100 milhões de euros às caixas agrícolas, avança o jornal Público esta quarta-feira, 19 de dezembro. O grupo Crédito Agrícola pode vir a extinguir o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola e transferir à volta de 100 milhões de euros para o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) do setor. A concretizar-se a operação, o FGD vai passar, em caso de dificuldades, a ser responsável pelo reembolso dos clientes do grupo com depósitos até 100 mil euros.
Esta solução visa colocar sob a alçada da mesma entidade – FGD – todos os clientes bancários com depósitos até 100 mil euros constituídos em Portugal. Esta medida está a ser preparada há alguns meses entre o grupo bancário e a autoridade monetária, embora não estivesse fechada até esta terça-feira.
A autoridade monetária liderada por Carlos Costa gere dois fundos de garantia de depósitos. O primeiro é o FGD que, no final do ano passado, tinha recursos de 1,5 mil milhões de euros, um montante que se manteve estável ao longo deste ano, diz o jornal. Este fundo é gerido pelo Banco de Portugal e é participado por quase todas as instituições autorizadas a operar em Portugal.
O segundo é o Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo – que é formado pela Caixa Central e 80 caixas de crédito agrícola que integram o grupo Crédito Agrícola – que não contribui para o FGD. Desde o final da década de 1980 que o grupo Crédito Agrícola tem um sistema de salvaguarda dos clientes que têm depósitos, o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, gerido igualmente pelo banco central.
O que está agora a ser avaliado é juntar este fundo com o FGD, depois de consultadas as caixas de crédito agrícola, de acordo com o Público.
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