O Banco de Portugal (BdP) reviu esta quarta-feira em ligeira alta a inflação para este ano, subindo para 5,4% a previsão que era de 5,2%.
No “Boletim Económico” de outubro, o regulador bancário revê em alta de 0,2 pontos percentuais (pp.) em 2023, subindo também a previsão para 2024 em 0,3 pontos percentuais, de 3,3% para 3,6%, devido sobretudo aos preços da energia.
No entanto, o Banco de Portugal espera que a taxa continue a reduzir-se, face à inflação registada em 2022, de 8,1%, chegando aos 2,1% em 2025, o que considera ser “consistente com o objetivo de estabilidade de preços do Banco Central Europeu (BCE)”.
Durante a apresentação do boletim, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, admitiu que o abrandamento da inflação pode ser um indicador do fim dos preços altos.
“Na área do euro, que é aquela que interessa para a política monetária, a inflação está a cair mais rapidamente do que subiu”, disse, indicando que o banco central olha já para o futuro e está preocupado com uma “aterragem suave da economia”, alertando que os juros não vão descer para os níveis anteriores.
Segundo o documento divulgado esta quarta-feira, o crescimento económico foi revisto em baixa (0,6 pp em 2023, 0,9 pp em 2024 e 0,2 pp em 2025), depois da atividade económica terá estagnado no segundo e terceiro trimestres e deverá manter um crescimento fraco até ao final do ano.
Na previsão feita no Orçamento do Estado para 2023, o Ministério das Finanças previa que a inflação recuasse até aos 4% em 2023, chegando aos 1,6% no ano seguinte.
[notícia atualizada às 13h07]
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