Não acontecia desde a crise financeira que quase derrubou a Europa e obrigou à assistência de muitos países, incluindo Portugal. Os principais bancos centrais mundiais anunciaram que vão agir concertadamente, com vista a aumentar o aprovisionamento dos mercados financeiros em ativos líquidos, face ao impacto da epidemia do novo coronavírus (Covid-19).
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A iniciativa foi comunicada por cá pelo Banco Central Europeu (BCE, liderado por Christine Lagarde. Segundo a instituição sediada em Frankfurt, Alemanha, a operação visa assegurar uma disponibilidade suficiente, em dólares americanos, nos mercados. Além do BCE, estarão sentados à mesa para discutir as medidas extraordinárias necessárias para enfrentar as gigantescas perdas das economias devido ao covid-19 os responsáveis da Reserva Federal americana (Fed) e dos bancos centrais do Japão, do Reino Unido, do Canadá e da Suíça.
A justificação para este encontro será a necessidade de os bancos centrais chegarem a um acordo que permita suavizar as condições com que trocam divisas entre si, de forma a garantir “um aprovisionamento suficiente dos mercados e, consequentemente, do sistema económico mundial”.
O acordo representa uma rede de segurança mundial fundamental, que não era utilizada desde então mas foi crucial para enfrentar a crise financeira de 2008.
No que respeita ao BCE, o que está em causa é a capacidade de assegurar que os bancos europeus têm a quantidade de dólares suficiente para garantir o impulso essencial às empresas europeias no momento em que a economia mais estiver a sofrer os efeitos da propagação do covid-19.
A Europa é agora o novo epicentro da epidemia, primeiro detetada na China, em dezembro. O novo coronavírus já provocou mais de 6400 mortos em todo o mundo. O número de infetados ronda os 164 mil, com registo de casos em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, onde há 245 casos de infeção confirmados, mais 76 do que os registados no sábado. com Lusa
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