Os 48 bancos europeus que foram incluídos nos testes de stress feitos pela Autoridade Bancária Europeia passaram no exame. No cenário adverso de exercício, nenhuma instituição viu o principal rácio de capital passar abaixo da fasquia de 5,5%, o valor visto como crítico pelos analistas.
Os piores resultados pertenceram aos britânicos Barclays e Lloyds e ao italiano Banco BPM. Apesar de terem sidos os piores classificados, conseguiram conversar um rácio de fundos próprios de nível acima de 6% no cenário adverso.
A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) tentou perceber o que aconteceria ao balanço dos bancos caso houvesse uma quebra de 1,2% do PIB europeu este ano, de 2,2% em 2019 e um crescimento de 0,7% em 2020. Além deste cenário, foram também tidas em conta regras contabilísticas mais exigentes.
“Serve como uma ferramenta analítica para perceber o que acontece aos balanços caso se materialize uma quebra económica, independentemente do fator específico a provocar o choque”, explica a EBA na publicação sobre os resultados do exercício, divulgada esta sexta-feira.
O britânico Barclays terminou com um rácio de capital de 6,37% no cenário adverso. O Banco BPM de 6,67% e o Lloyds, liderado por António Horta Osório, teve um rácio de 6,8%. Os bancos britânicos foram os mais penalizados e são também submetidos a testes por parte do Banco de Inglaterra.
Além dos 48 bancos analisados pela EBA, que são considerados como tendo risco sistémico na Europa, o Banco Central Europeu fez também o processo de análise e avaliação (SREP, na sigla em inglês) a cerca de seis dezenas de bancos europeus de menor dimensão. BCP, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco foram incluídos nesta última avaliação, cujos resultados individuais não são divulgados pelo supervisor europeu.
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