//Bancos fecharam mais de 100 agências num ano

Bancos fecharam mais de 100 agências num ano

Os bancos que operam em Portugal tinham 3.965 agências no final do primeiro semestre, menos 117 face a junho de 2019, segundo a Síntese de Indicadores do Setor Bancário divulgada esta quinta-feira pela Associação Portuguesa de Bancos (APB).

Quanto a trabalhadores, na atividade doméstica, eram 46.714 no final do primeiro semestre, neste caso praticamente estável (mais 41) face ao primeiro semestre de 2019, ainda de acordo com a associação que representa os principais bancos que operam em Portugal.

A redução da estrutura dos bancos tem vindo a acontecer nos últimos anos e, apesar do ligeiro ganho de trabalhadores indicado nestes dados, nos próximos meses e anos os analistas preveem que o setor em termos agregados reduza o pessoal.

No final de julho, a agência de ‘rating’ Fitch considerava que, face à nova ameaça para o setor bancário português que representa a crise da covid-19, uma das medidas que os bancos tomariam seriam novas reestruturações.

Bancos portugueses com maior proporção de moratórias na Europa

Hoje, o Mais Sindicato (ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas) e o Sindicato de Bancários do Centro disseram, em comunicado, que o Santander Totta está a chamar trabalhadores para propor rescisões de contrato por mútuo acordo, recusando os sindicatos “pressões ou ameaças”.

O Montepio tem um plano alargado de saída de trabalhadores, que poderá envolver entre 600 e 900 pessoas.

A Caixa Geral de Depósitos vai continuar a cumprir este ano a redução de pessoal acordada no plano de reestruturação com a Comissão Europeia, o que passa pela saída de 250 funcionários no segundo semestre (além dos 179 que saíram até junho), mas a administração já admitiu que mais saídas poderão ser previstas no plano 2021-2024.

Quanto ao Novo Banco, o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários disse, em meados de setembro, que a instituição “tem vindo a apresentar propostas de reforma antecipada e de rescisão de contratos de trabalho por acordo a um conjunto de trabalhadores”.

Em abril, ainda no início da crise pandémica, o BCP disse que ia adiar a redução de trabalhadores que tinha previsto para este ano (numa postura que qualificou de “responsabilidade social”), mas que a faria no início de 2021.

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