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Os lucros dos bancos em Portugal recuaram 65% nos nove meses de 2020, devido ao peso dos custos relacionados com perdas esperadas devido à com a crise provocada pelas medidas adotadas no âmbito da epidemia.
No total, os bancos lucraram 588 milhões de euros. “Esta descida é maioritariamente explicada pelo reforço de imparidades, que aumentaram 66%, para os 2.059 milhões de euros”, explica a Associação Portuguesa de Bancos (APB) no comunicado com a ‘Síntese de Indicadores do Setor Bancário’.
A APB frisa que “voltou a agravar-se a diferença entre o retorno e o custo do capital, tendo o ROE (rentabilidade dos capitais prórpios) caído para 1,7%”.
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“Apesar do momento adverso, os bancos reforçaram os seus níveis de solvabilidade , o que lhes permite continuar a dar uma resposta eficaz às necessidades de financiamento da economia e acomodar uma possível deterioração do risco de crédito”, diz a APB.
Segundo a representante do setor, o crédito às empresas subiu 7,7% para 72,1 mil milhões de euros e o crédito a particulares aumentou 0,8% para 119,8 mil milhões, comparando com dezembro de 2019.
Portugal atravessa uma das maiores crises económicas de sempre, devido às medidas impostas no âmbito da epidemia do novo coronavírus. O desemprego disparou e empresas fecharam à medida que setores inteiros viram a sua atividade condicionada ou fechada pelas medidas.
Foram adotadas moratórias no crédito, incluindo para as empresas e para os empréstimos da casa, que estão em vigor até ao final de setembro de 2021. Teme-se que, nessa altura, possa haver um forte aumento do crédito malparado na banca, com famílias e empresas a não conseguirem pagar as suas prestações de crédito ao banco.
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