A banca de empresas está no ADN do Bankinter, mas em Portugal a entrada do banco espanhol, em 2016, foi feita através da compra de um banco mais dedicado aos particulares. O caminho tem sido longo para crescer na banca de empresas. Mas os frutos são visíveis. Em 2018, o Bankinter em Portugal viu crescer 42% o crédito a empresas para 1300 milhões de euros. Corresponde a uma quota de mercado de 1,56%. A ambição é emprestar entre 1400 milhões e 1500 milhões de euros neste ano.
“O contributo das empresas para os resultados em Espanha é de 50%. Em Portugal gostaríamos de ter um contributo da mesma ordem”, disse José Vega Riestra, subdiretor-geral do Bankinter em Portugal. “Este contributo está a crescer mas ainda estamos a 19 pontos percentuais desse contributo de 50%.”
O gestor é responsável pelas áreas de banca de empresas e banca de investimento em Portugal. Está no país desde o início e foi quem liderou a integração das operações dos dois bancos. E garantiu que o crescimento no segmento empresarial será feito de uma maneira sustentável, sem riscos. “Não somos um banco oportunista.”
Banco industrial
O Bankinter nasceu há 54 anos como um banco de empresas, na sequência de uma joint-venture entre o Santander e o Bank of America. Fazia empréstimos a empresas a médio e a longo prazo. Em Portugal, o banco iniciou as operações em setembro de 2016. “Tínhamos uma equipa muito pequena e não tínhamos centros (de empresas) e o portfólio de produtos era muito pequeno e desatualizado”, confessou.
Hoje o banco conta com sete centros de empresas, e abre mais três até ao final de março. Estes centros servem as empresas com faturação entre os 5 e os 50 milhões de euros. As grandes empresas são servidas por dois centros, em Lisboa e no Porto; as micro e pequenas empresas pelos 81 balcões do Bankinter. O banco tem 58 funcionários nas agências especializados no atendimento a empresas, além dos próprios gerentes.
Em 2018 lançou uma plataforma de negociação para empresas exportadoras gerirem remessas e créditos.
Atualmente estuda fechar duas parcerias com empresas tecnológicas para lançar novos serviços.
A banca de investimento tem feito outra aposta que só arrancou em 2018 e já inclui operações como a de uma emissão de papel comercial da José de Mello Saúde.
“Estamos a oferecer operações de mercados de capitais, estamos a fazer operações estruturadas, participámos em dois financiamentos de aquisições e também fazemos assessoria de fusões e aquisições.”
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