//Bases iraquianas com tropas dos EUA atacadas por mísseis iranianos

Bases iraquianas com tropas dos EUA atacadas por mísseis iranianos

Dezenas de mísseis iranianos foram lançados contra as bases aéreas iraquianas de Ain Assad e Irbil, que albergam tropas norte-americanas, anunciou hoje a televisão estatal do Irão, que descreveu o ataque com mísseis terra-terra como uma “operação de vingança”, pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

As forças militares dos Estados Unidos confirmaram que as bases foram atingidas pelo menos seis vezes. O ataque, porém, não terá causado vítimas. “Estamos a trabalhar na avaliação dos danos”, afirmou Jonathan Hoffman, do gabinete do secretário americano da Defesa.

Comandante da força de elite iraniana Al-Quds, Soleimani morreu sexta-feira na sequência de um ataque de drone ordenado por Donald Trump contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, Iraque.

“Duas bases militares foram atacadas” esta noite, confirmou também o Pentágono. “O Presidente foi informado sobre o ataque e está a monitorizar a situação”, confirmou ainda esta noite, Stephanie Grisham, porta-voz da Casa Branca, à imprensa.

Mercados já antecipavam retaliação

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores prudentes perante os riscos de escalada militar entre os EUA e o Irão, e apesar de indicadores considerados animadores sobre a economia norte-americana. O Dow Jones Industrial Average recuou 0,42%, para os 28 583,68 pontos; o tecnológico Nasdaq cedeu 0,03%, para 9 068,58; e o S&P 500 perdeu 0,28%, para 3 237,18.

Os investidores continuam a avaliar as consequências do assassínio do general iraniano na sexta-feira, na sequência do qual o parlamento iraquiano adotou uma resolução reclamando a saída das tropas dos EUA do país – um voto que conduziu os EUA a ameaçar o regime iraquiano com represálias.

O presidente norte-americano, ameaçara já atacar 52 locais no Irão, se a República Islâmica atacasse pessoal ou locais dos EUA como represália, obtendo como resposta de Teerão a ameaça de uma nova redução dos compromissos no quadro do acordo internacional sobre o programa nuclear.

Com Lusa

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