//BCE aumenta “significativamente” o ritmo de compras de dívida até setembro

BCE aumenta “significativamente” o ritmo de compras de dívida até setembro

O ritmo de compras de dívida pública (e outros ativos, mas em menor escala) aos bancos comerciais da zona euro vai subir “de forma significativa ao longo deste terceiro trimestre”, revelou o Banco Central Europeu (BCE), numa nota sobre a reunião de política monetária que aconteceu esta quinta-feira.

A crise não passa, a retoma anda aos soluços, por isso o BCE terá decidido dar mais gás, acelerando o seu enorme programa de compra de ativos entre julho e setembro. É a forma “não convencional” de continuar a manter taxas de juro mínimas, quase próximas de zero, na zona euro, uma vez que já não há grande margem para baixar taxas de juro.

Trata-se de o primeiro encontro dos banqueiros centrais da zona euro sob o chapéu da nova estratégia de política monetária, que é ligeiramente mais tolerante em relação a subidas da inflação e a desvios acima de 2%, por exemplo.

A entidade presidida por Christine Lagarde diz “esperar que as compras [de títulos] no âmbito do programa de compras de emergência pandémicas (PEPP) sejam conduzidas a um ritmo significativamente maior durante o trimestre atual quando comparado com os primeiros meses deste ano”.

Em junho, o BCE comprou cerca de 80,2 mil milhões de euros em dívida e outros ativos aos bancos comerciais da zona euro e outras entidades como grandes empresas ao abrigo do tal PEEP.

Desde que lançou este programa, em março do ano passado (para responder ao choque viral na economia e nos preços), o BCE já absorveu no seu balanço mais de 1,2 biliões de euros em ativos, que transformou em dinheiro ultrabarato, a preço quase zero.