//BCE carrega bazuca pandémica com mais 500 mil milhões de euros; fica armada até 2023

BCE carrega bazuca pandémica com mais 500 mil milhões de euros; fica armada até 2023

A enorme bazuca de dinheiro barato do Banco Central Europeu (BCE) para combater a pandemia foi carregada com mais 500 mil milhões de euros, o que se traduz num reforço de quase 40%.

Assim, o programa de compra de ativos (dívida pública e privada) no âmbito da emergência pandémica passa a valer 1,85 biliões de euros e vai ficar armado (ativo) durante dois anos, pelo menos, até ao final de 2022 na melhor das hipóteses, anunciou o BCE esta quinta-feira.

As taxas de juro de referência mantêm-se em mínimos históricos, em 0% e abaixo de zero.

O BCE nota que a situação é grave e piorou e por isso avançou com mais artilharia de dinheiro pesado através de outros programas que tem no seu arsenal.

“Tendo em conta as consequências económicas do ressurgimento da pandemia”, isto é, a destruição que já está a ser evidente por causa da segunda vaga da covid-19, o conselho do BCE manteve, como referido, as suas taxas de juro principais. A taxa central de refinanciamento mantém-se em 0%. Está neste nível mínimo histórico há quase cinco anos (foi em março de 2016 que o BCE inaugurou os juros zero na zona euro).

Além das taxas, “o BCE decidiu aumentar o envelope do Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla em inglês) em 500 mil milhões de euros, para um total de 1,85 biliões de euros”.