//BCE mantém taxas de juro em 2% e vê inflação abaixo do objetivo em 2026

BCE mantém taxas de juro em 2% e vê inflação abaixo do objetivo em 2026

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quinta-feira, a manutenção das taxas de juro diretoras em 2%, valor onde estão desde junho. Os responsáveis da instituição da União Europeia apontam que “a avaliação da previsão de inflação está praticamente inalterada” e estimam que a inflação de 2025 vai ser de 2,1%, descendo para 1,7% em 2026.

A 24 de julho, o BCE fez uma pausa nas reduções das taxas de juro diretoras, justificando a decisão com a aproximação da inflação na zona Euro à meta de 2%. Os governadores não apontaram, então, nenhuma direção futura para as taxas de juro, afirmando que a evolução depende dos dados recebidos sobre a economia europeia.

No comunicado que justifica a decisão desta quinta-feira, o BCE volta a dizer que “não vai comprometer-se com um caminho particular das taxas”, reafirmando a abordagem “dependente de dados e reunião por reunião” com base na “previsão de inflação e os riscos em torno dela”.

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“As novas projeções dos funcionários do BCE apresentam uma imagem de inflação semelhante à projetada em junho“, apontam os governadores, referindo uma média de 2,1% da inflação global em 2025, que deverá ser seguida de taxas de 1,7% em 2026 e 1,9% em 2027.

Os governadores indicam ainda uma projeção de crescimento da economia “por 1,2% em 2025, revista em alta dos 0,9% esperados em junho”. Já a estimativa de crescimento para 2026 é mais baixa, de 1%, e a projeção para 2027 mantém-se em 1,3%.

Em abril, o BCE afirmou que o sétimo corte das três taxas diretoras no espaço de um ano era realizado para compensar as “crescentes tensões comerciais”. No final de julho, a União Europeia e os Estados Unidos da América (EUA) chegaram a um acordo comercial, com tarifas de 15% em troca de compromissos de milhares de milhões de investimento europeu nos EUA. As tarifas entraram em vigor a 1 de setembro, com exceções para setores como a cortiça, as aeronaves e componentes para construção e manutenção, produtos farmacêuticos genéricos e os seus ingredientes.

O BCE começou uma trajetória de subida das taxas de juro em julho de 2022, respondendo então à inflação potenciada pela recuperação económica depois da pandemia, e pela invasão russa da Ucrânia. As taxas subiram rapidamente e atingiram um máximo de 4% em setembro de 2023. A primeira redução aconteceu em junho de 2024, começando uma sucessão de nove reduções sucessivas de 25 pontos base (0,25%) na principal taxa.

[Notícia atualizada às 13h50]

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