O BCP informou o mercado dos resultados obtidos nos testes de stress. O banco liderado por Miguel Maya refere que no cenário adverso do exercício levado a cabo pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), obteve um rácio de fundos próprios de nível 1 (o capital com melhor qualidade) de 9,14%, na metodologia que incorpora a implementação faseada de requisitos regulatórios mais exigentes.
“No caso do BCP, o CET1 phased-in situou-se em 9,14% no cenário adverso, um agravamento de 384 pontos base face ao final de 2017, comparando favoravelmente com o impacto negativo médio de 410 pontos base para os 48 maiores bancos testados pela EBA (agravamento de 300 pontos base, comparando com 395 pontos base, respetivamente, em base fully implemented)”, refere o banco num comunicado ao mercado.
Os testes de stress feitos pela Autoridade Bancária Europeia, em articulação com o BCE, mostraram uma melhoria dos balanços dos bancos. A Moody’s disse, num relatório divulgado esta segunda-feira, que demonstraram que o setor está mais resistente. Mas alertou que os bancos que tiveram piores resultados (um rácio de capital abaixo de 7%) deverão sofrer marcação cerrada por parte dos supervisores.
“Os reguladores irão requerer aos bancos que tiveram um maior impacto nas almofadas de capital sob stress, em particular se os seus níveis de capital sob stress estiverem perto do mínimo regulatório de CET1 de 7%”, disse a agência. Nos resultados divulgados na passada sexta-feira pela EBA, os piores resultados pertenceram aos britânicos Barclays e Lloyds e ao italiano Banco BPM. Ainda assim preservaram um rácio de capital acima de 6% no pior cenário. Além daquelas instituições, na lista dos piores resultados estão também alguns bancos regionais alemães.
A EBA apenas revelou os resultados dos 48 bancos que considera terem risco sistémico na Europa. Nesse grupo, não existia nenhum banco português. No entanto, o BCE fez a avaliação de outras instituições financeiras, caso do BCP. Estes resultados não são divulgados pelo supervisor. Mas o banco liderado por Miguel Maya decidiu informar sobre os resultados. Além do BCP, foram incluídos também na avaliação do BCE a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco.
Atualizada às 17:54 com mais informação
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