O Millennium bcp pode vir a ficar com os 9,99% da Pharol que são detidos pela High Bridge Unipessoal, na sequência de um financiamento que está em incumprimento.
O comunicado divulgado esta segunda-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários refere como justificação a “imputação de direitos de voto na qualidade de credor beneficiário de penhores financeiros”, indicando que as ações da Pharol foram dadas como garantia ao banco.
No mesmo comunicado, a Pharol adianta mais informação: “imputação de direitos de voto inerentes que resulta dos termos e condições de penhores financeiros que incidem sobre ações [as quais continuam a ser detidas pelo respetivo titular] e que presentemente permitem ao Banco Comercial Português, S.A. vir a apropriar-se das ações ou exercer os respetivos direitos de voto”.
Acrescenta que a imputação da posição, correspondente a 89.551.746 dos direitos de voto da Pharol, ocorreu no passado dia 30 de julho.
Em abril deste ano, a CMVM acusou a a High Bridge e a outras duas sociedades – a High Seas Capital Investments, LLC e a Blackhill Holding Limited, LLC – de falta de transparência sobre quem são os donos das empresas. Num projeto de decisão, o regulador concluiu que “não se encontram devidamente identificados os beneficiários efetivos” da High Bridge e da High Seas e “que não foi assumida a atuação concertada entre as três referidas entidades” na Pharol. A CMVM deu um prazo de 30 dias para as sociedades prestarem esclarecimentos ao supervisor.
Em bolsa, o BCP seguia a desvalorizar 2%, às 11H54, com 22 milhões de ações negociadas. À mesma hora, o índice STOXX Europe 600 para a banca seguia a cair 1,2% e o principal índice bolsista português, o PSI-20, recuava 0,8%.
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