//BdP responde a entrevista de Ricardo Salgado

BdP responde a entrevista de Ricardo Salgado

O Banco de Portugal já prestou todos os esclarecimentos em relação à medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo (BES) em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito e, em resposta a Ricardo Salgado, que foi entrevistado pela TSF, lembra que iniciou logo em 2014 as investigações à atuação da anterior gestão do banco.

“Das três decisões já proferidas pelo Banco de Portugal, uma foi já objeto de apreciação de mérito pelo Tribunal da Concorrência Regulação e Supervisão, que confirmou os factos apurados pelo Banco de Portugal, bem como a imputação de responsabilidades individuais”, sublinha o supervisor na resposta a Salgado.

Ricardo Salgado, ex-líder do Grupo Espírito Santo (GES) e do BES, disse na entrevista à TSF que o Banco de Portugal recusou três hipóteses de recapitalização do BES.

O antigo banqueiro afirmou que “não houve vontade política” para salvar o banco e que pensa todos os dias nos lesados.

O BES foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014 e foi criado um banco ‘bom’ – o Novo Banco – e um banco ‘mau’ – que ficou com os ativos tóxicos do BES.

Os empréstimos do Tesouro para o Novo Banco já superam os 5.000 milhões de euros. O banco foi vendido à norte-americana Lone Star em outubro de 2017 mas o Estado assumiu garantias de até 3,85 mil milhões de euros até 2026.

O PSD e o CDS querem ouvir, com urgência, Mário Centeno no Parlamento devido aos valores que estão a ser injetados no Novo Banco. O banco reportou um prejuízo de 1,4 mil milhões de euros em 2018 e pede mais 1,15 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução, ao abrigo do mecanismo de capital contingente acordado aquando da venda do banco à Lone Star.

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