//BE quer saber se Governo “vai ficar parado” perante construções em áreas REN

BE quer saber se Governo “vai ficar parado” perante construções em áreas REN

A coordenadora do Bloco de Esquerda questionou esta segunda-feira se o Governo pretende “ficar parado” perante construções em áreas classificadas como Reserva Ecológica Nacional, após uma visita a Oeiras, onde a autarquia aprovou um projeto habitacional em zona classificada.

Numa visita a Paço de Arcos, em Oeiras, feita no âmbito do Roteiro para a Justiça Climática organizado pelo Bloco de Esquerda, Catarina Martins subiu ao topo do Alto das Lebres, em pleno Vale da Terrugem, para observar a zona de Caxias Norte, onde acusam a Câmara Municipal de ter aprovado um plano de construção de 16 edifícios novos em terreno classificado como Reserva Ecológica Nacional (REN).

Acompanhada pela vereadora independente Carla Castelo — eleita em setembro passado pela Coligação Evoluir Oeiras, apoiada pelo BE, Livre e Volt Portugal –, Catarina Martins considerou que a situação que se testemunha naqueles terrenos é “um bom exemplo do que não deve acontecer”.

Para a coordenadora bloquista, a construção na zona de Caxias Norte “vai criar mais problemas à população de Oeiras, com mais terrenos impermeabilizados, com mais problemas de secas e de inundações”, mas vai “dar milhões” à empresa de construção Teixeira Duarte a “quem tem aqui terrenos e vai construir”.

“Já percebemos que [o presidente da Câmara Municipal de Oeiras] Isaltino Morais gosta mesmo de negócios de euromilhões, com construtoras e donas de terreno privados e alterando o uso dos terrenos de forma administrativa. E o Governo, também é isso que vai autorizar? O Ministério do Ambiente vai ficar parado enquanto vê terrenos de Reserva Ecológica Nacional (REN) a servirem para negócios imobiliários? E é essa pergunta que se coloca”, inquiriu.

A seu lado, a vereadora Carla Castelo acusou o atual executivo camarário de “total ausência de preocupação com as alterações climáticas” e de “discurso jocoso, em tom jocoso, relativamente a quem se preocupa com este problema”.