//Benfica perde 15% em bolsa após acusação à SAD

Benfica perde 15% em bolsa após acusação à SAD

A acusação do Ministério Público à SAD do Benfica no âmbito do processo e-toupeira deixou as ações dos encarnados em fora de jogo. Os títulos desvalorizaram 15,09% para 1,885 euros esta quarta-feira, após o comunicado da Procuradoria-geral Distrital de Lisboa a indicar que tinha sido deduzida acusação contra quatro arguidos naquele processo.

Durante a sessão em bolsa, foram feitas 81 transações em negócios avaliados em quase 60 mil euros. Apesar da queda desta terça-feira, as ações dos encarnados ainda acumulam uma valorização de 95% desde o início do ano. Isto apesar dos processos que envolvem a SAD do Benfica. Nas últimas sessões, as ações subiam devido ao acesso da equipa aos milhões da Liga dos Campeões.

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No entanto, o Ministério Público (MP) propõe na acusação que a SAD do Benfica fique suspensa das competições entre seis meses a três anos, segundo o Jornal de Notícias. É uma das três penas acessórias que o MP quer que sejam aplicadas por crimes de corrupção ativa e de oferta indevida de vantagem.

No comunicado da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) é referido que “ficou suficientemente indiciado que os arguidos com a qualidade de funcionários de justiça, pelo menos desde março de 2017, acederam a processos-crime pendentes no DIAP de Lisboa e do Porto e em outros tribunais, transmitindo as informações relevantes ao arguido colaborador da SAD, fazendo-o de acordo com a solicitação do mesmo e em benefício da mesma sociedade”. Esse colaborador é o assessor jurídico dos encarnados, Paulo Gonçalves.

O Ministério Público defende que “tais condutas ocorreram designadamente, durante as épocas desportivas 2016/2017 e 2017/2018. Com estes comportamentos os arguidos puseram em risco a integridade do sistema informático da justiça, a probidade das funções públicas, os interesses da verdade e da lealdade desportiva e a integridade das investigações criminais”.

Na reação ao comunicado da PGDL, a SAD dos encarnados reiterou numa nota que irá reagir, logo que tenha “conhecimento dos termos concretos da acusação, com total rigor e firmeza no sentido de desmontar as absurdas e injustificadas imputações do Ministério Público”.

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