A comissão liquidatária do Banco Espírito Santo (BES) não reconheceu os créditos da Petróleos de Venezuela (PDVSA), na lista de credores entregue ao Tribunal do Comércio de Lisboa, no âmbito da insolvência do banco, indica o Jornal de Negócios, esta terça-feira.
A PDVSA reclamou créditos num valor superior a dois mil milhões de euros ao BES. Os créditos não foram reconhecidos pela comissão liquidatária, uma vez que o valor em causa diz respeito a investimentos em papel comercial do Grupo Espírito Santo, e não do BES, e a contas transferidas para o Novo Banco.
“As pretensões dos titulares de papel comercial perante o BES arvoram em pretensões indemnizatórias ou reconhecimento do crédito com base numa alegada garantia ou compromisso assumido pelo BES de reembolso do papel comercial”, diz um documento entregue ao tribunal, citado pelo mesmo jornal.
“O BES não é o emitente do papel comercial, pelo que não é o responsável pelo serviço da dívida que resulta desses instrumentos”, defende a comissão liquidatária, acrescentando que “a documentação da oferta é rica em referências à inexistência de qualquer garantia e que o emitente é a única entidade responsável pelo reembolso”.
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