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O Banco Internacional de Moçambique (Millennium BIM), um dos maiores do país, vai financiar pequenas e médias empresas (PME) com participação nos projetos de petróleo e gás, visando permitir que este segmento tire proveito das oportunidades criadas nos hidrocarbonetos.
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“A nossa preocupação é, principalmente, com o apoio às empresas locais” para que “estes projetos sejam inclusivos”, afirmou João Manuel Martins, presidente da comissão executiva do Millennium BIM, instituição maioritariamente detida pelo português BCP África (grupo Millennium BCP), com uma participação de 66,69%.
Martins falava a jornalistas, após a assinatura de um memorando de entendimento com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), o braço empresarial do Estado moçambicano no setor.
Reconhecendo que “o custo do dinheiro é elevado em Moçambique”, o gestor disse que o BIM vai tentar colocar o seu financiamento a um “preço competitivo”, para que as PME tirem vantagem das oportunidades oferecidas pelo setor do petróleo e gás.
No setor financeiro “não se consegue crescer cobrando taxas altas, vamos tentar praticar as taxas mais baixas possíveis”, enfatizou João Manuel Martins.
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O presidente da ENH, Estêvão Pale, considerou importante o fortalecimento da capacidade financeira das PME moçambicanas para poderem atuar nos projetos de hidrocarbonetos, tendo em conta o elevado grau de exigência imposto pelas multinacionais do ramo.
“A área de petróleo e gás é uma área muito exigente e as empresas nacionais precisam de ser capacitadas, não só em termos técnicos e padrões, mas também de financiamento”, realçou Pale.
O acordo hoje assinado entre o Millennium BIM e a ENH é válido por cinco anos e os montantes serão disponibilizados em função das necessidades e capacidade de reembolso das empresas beneficiárias.
No primeiro semestre deste ano, segundo demonstrações financeiras consultadas pela Lusa, os lucros consolidados do BIM Moçambique aumentaram 3,2% no primeiro semestre, face a junho de 2022, para 3.364 milhões de meticais (47,9 milhões de euros).
À data de 30 de junho, o banco contava um capital social de 4.500 milhões de meticais (64,1 milhões de euros), a maioria detido pelo BCP África (grupo Millennium BCP), com uma participação de 66,69%, seguindo-se o Estado de Moçambique (17,12%), o Instituto Nacional de Segurança Social moçambicano (4,95%) e a Empresa Moçambicana de Seguros (4,15%), entre outros acionistas.
Segundo dados do banco central, funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.
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