//Bloco resfria “veia otimista” de Costa sobre Orçamento do Estado

Bloco resfria “veia otimista” de Costa sobre Orçamento do Estado

O Bloco de Esquerda avisa que o otimismo do Primeiro-ministro relativamente à viabilização do Orçamento do Estado pode estar desfasado da realidade.

À saída da reunião com o Governo, esta manhã no Parlamento, sobre as linhas gerais do documento, o líder da bancada bloquista Pedro Filipe Soares pôs travão às declarações de António Costa sobre o curso das negociações com a esquerda.

“Ouvimos o senhor primeiro-ministro ontem a dizer que estava otimista com as negociações para o Orçamento do Estado. Queria dizer que parece-nos que essa é a sua veia otimista a vir novamente ao de cima, porque no que toca a questões concretas ainda há muito trabalho para fazer”, alerta.

“Este otimismo do primeiro-ministro muitas vezes mostrou não ter adesão à realidade, e por isso é preciso que tenha alguma consequência da parte do Governo para poder ter alguma consequência também na vida das pessoas.”

O deputado explica ainda que há prioridades para o Bloco de Esquerda que continuam sem resposta por parte do governo.

“Colocamos como ponto fundamental a garantia de direitos de quem trabalha, dos jovens e dos menos jovens na entrada do mercado de trabalho e que na retoma da atividade económica, com tantos milhares de milhões de euros que vão ser investidos também na economia, isso garanta direitos, salários e dignidade de quem trabalha”, diz Pedro Filipe Soares, referindo ainda o respeito por “quem cuida de nós, quer na saúde, quer na educação e serviços públicos.”

“Desse ponto de vista ainda há muito por fazer. Aliás, ainda ontem o Governo teve negociações com os sindicatos de Administração Pública e eles saíram dessas negociações de mãos a abanar”, lamenta.

O ministro das Finanças está a apresentar esta quarta-feira as linhas gerais do Orçamento do Estado para o próximo ano.

O PSD já saiu desta reunião a dizer que estava mais preocupado do que quando entrou, revelando que o cenário macroeconómico nem sequer estará fechado.

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