//Bolsa de Lisboa arranca no vermelho em linha com pares europeias

Bolsa de Lisboa arranca no vermelho em linha com pares europeias

A bolsa de Lisboa começou a sessão desta quinta-feira, 11 de outubro, em terreno negativo, em linha com o comportamento das principais praças europeias. O PSI-20 (principal índice bolsista de Lisboa) desce 0,98% para os 4.986,29 pontos.

Menos de 15 minutos após o arranque da sessão a Altri descia 2,17% para os 7,65 euros, enquanto a Navigator sobe 2,97% para os 4,016 euros, depois de ontem ter sido revelado que os Estados Unidos reviram em baixa a taxa anti-dumping aplicada à companhia.

Entre os pesos pesados, o BCP recuava 2,60% para os 22,07 cêntimos. No setor energético, a Galp Energia perdia 2% para os 16,175 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão em queda nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, desce mais de 1% para negociar na casa dos 82 dólares por barril. A EDP cede 0,45% para 3,126 euros e a EDP Renováveis desvaloriza 0,60% para 8,25 euros. No setor do retalho, a Jerónimo Martins desce 2,23% para 10,95 euros e a Sonae recua 2,47% para 83,05 cêntimos.

No resto da Europa, a tendência é igualmente de perdas. O espanhol Ibex 35 e o francês CAC40 registam perdas em torno de 2%. Já o britânico Footsie e o germânico DAX desvalorizam em torno de 1,50%. As principais praças do Velho Continente seguem assim a tendência registada na Ásia, onde as quedas das principais bolsas foram superiores a 3%.

As bolsas estão a ser pressionadas, de acordo com a Bloomberg, pelos receios dos investidores em torno do comércio mundial. Além das notícias que surgiram e que indicam que os resultados das empresas podem ser penalizados pela guerra comercial, há também uma pressão crescente no campo da política monetária.

A Reserva Federal dos Estados Unidos (banco central norte-americano) tem vindo a subir as taxas de juro e os últimos dados económicos sugerem que a principal economia do mundo continua robusta, o que abre a porta, acredita o mercado, a mais subidas das taxas diretoras.

“A subida acentuada das yields a dez anos dos Estados Unidos fez com que os investidores subitamente reavaliem o impacto passar de baixas taxas de juro no pós-crise a um ambiente de subida dos juros”, disse Eleanor Creagh, do Saxo Capital Markets, à Bloomberg. “Temos os motores do crescimento mundial, os preços da energia a subir, o preço do dinheiro a subir e a quantidade de dinheiro a diminuir, combinado a tendência em curso de desglobalização o que começou a ter impacto nos mercados e as fissuras começam a ver-se”.

(Notícia atualizada pela última vez às 8:47)

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