Partilhareste artigo
A bolsa de Lisboa estava hoje em alta, a manter a tendência da abertura, com as ações da Galp Energia a liderarem os ganhos, a subirem 2,33% para 8,94 euros.
Cerca das 09:10 em Lisboa, o principal índice da bolsa, o PSI20, avançava 0,86% para 5.741,55 pontos, 12 ‘papéis’ a subirem, quatro a caírem e três a manterem a cotação (Semapa em 12,48 euros, REN em 2,64 euros e Ramada Investimentos em 5,86 euros).
Além das ações da Galp Energia, as da NOS e do BCP eram as que mais subiam, estando a valorizarem-se 1,71% para 3,46 euros e 1,59% para 0,16 euros.
Em entrevista à Lusa durante a Web Summit, em Lisboa, o presidente executivo da Galp, Andy Brown, afirmou que a empresa quer a prazo entrar no mercado das renováveis nos Estados Unidos, onde vê procura “enorme” e na Casa Branca uma administração determinada em apostar nas energias alternativas.
Subscrever newsletter
A Galp anunciou na quarta-feira que vai terminar a atividade de prospeção e pesquisa de novos campos de petróleo e gás a partir do início de 2022, reiterando que, até 2030, tem como objetivo reduzir as emissões absolutas das operações em 40%.
Em relação ao preço do petróleo, Andy Brown afirmou que está atualmente demasiado elevado, num patamar que tem reflexos no abastecimento de combustível e que prejudica o sistema mundial de energia.
“Acho que o preço está elevado demais, porque significa que isso passa para o preço do combustível na bomba e não está num nível que seja bom para o sistema energético mundial”, considerou em entrevista à Lusa.
Já a NOS anunciou na quarta-feira que o lucro subiu 52% nos primeiros nove meses do ano face a igual período de 2020, para 120 milhões de euros.
Os títulos dos CTT, EDP Renováveis e Novabase também se valorizavam, designadamente 1,37% para 4,82 euros, 1,31% para 23,26 euros e 1,08% para 4,66 euros.
Em sentido contrário, as ações da Navigator, Ibersol e Corticeira Amorim recuavam 0,24% para 3,37 euros, 0,20% para 4,91 euros e 0,17% para 11,86 euros.
Na Europa, as principais bolsas negociavam hoje em alta, à espera da reunião da OPEP+, que deverá decidir se continua com o plano de aumentar de forma lenta e cautelosa a oferta de petróleo.
Além da Reserva Federal dos EUA (Fed) ter anunciado na quarta-feira uma redução do programa de estímulos monetários de 15.000 milhões de dólares por mês a partir deste mês, o presidente da instituição, Jerome Powell, assegurou que espera que a inflação comece “a moderar-se no segundo ou terceiro trimestre de 2022” nos EUA e sublinhou que o banco central pode ser “paciente” sobre as taxas de juro.
Depois da Fed, hoje é a vez do Banco de Inglaterra, que ao contrário do banco central norte-americano, poderia começar a subir as taxas de juro na reunião, depois das “suas últimas demonstrações de preocupação com as pressões inflacionistas”, dizem analistas citados pela Efe, que mesmo assim também não afastam que o possa esperar pela reunião de dezembro para elevar o preço do dinheiro.
Entretanto, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, assegurou na quarta-feira que é “muito improvável” que a instituição suba as taxas de juro no próximo ano.
A bolsa de Nova Iorque terminou em alta na quarta-feira, com o Dow Jones a subir 0,29% para 36.157,58 pontos, novo máximo desde que foi criado em 1896.
O Nasdaq fechou a valorizar-se 1,04% para 15.811,59 pontos, também um novo máximo.
A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1551 dólares, contra 1,1584 dólares na quarta-feira e o atual máximo desde maio de 2018, de 1,2300 dólares, em 05 de janeiro.
O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 82,53 dólares, contra 81,99 pontos na quarta-feira e 85,65 dólares em 26 de outubro, um máximo desde outubro de 2018 (quando subiu até 86,43 dólares), mas os especialistas não excluem que possa atingir 90 dólares por barril antes do final do ano.
O “ouro negro” tem vindo a subir há vários dias devido à possibilidade de a procura aumentar a um ritmo mais rápido do que o nível da oferta nos próximos meses.
As economias em todo o mundo estão a aumentar o consumo de energia na sequência da queda da procura devido à pandemia.
Deixe um comentário