A bolsa de Lisboa arrancou a sessão desta quinta-feira, 20 de dezembro, a negociar em queda, com o principal índice (PSI-20) a recuar 0,86% para os 4.703,26 pontos. Entre os pesos-pesados do índice, o BCP desce 1,14% para 23,37 cêntimos, a EDP perde 0,40% para 2,977 euros, a Galp Energia desvaloriza 1,72% para 13,735 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão em forte queda nos mercados internacionais. E, por fim, a Jerónimo Martins recua 0,59% para 10,15 euros.

Entre as restantes praças europeias, o sentimento é também de perdas. O francês CAC40 desce 1,43%, o britânico Footsie 100 desce 1.53%. O Stoxx 600, índice que reúne as 600 principais cotadas do Velho Continente, desvaloriza 1,48%.

Mas não é só na Europa que o dia está a ser de perdas. Na Ásia, os principais índices terminaram a sessão em terreno negativo, com os investidores a mostrarem-se preocupados com o facto de Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) não ter apresentado medidas de alívio do aperto monetário, de acordo com a Bloomberg.

O banco central norte-americano anunciou esta quarta-feira, 19 de dezembro, que decidiu fazer o quarto aumento das taxas de juro este ano. O intervalo da taxa de fundos federais passa a ser de mais 0,25 pontos percentuais, situando-se entre 2,25% e 2,50%. A autoridade monetária mantém a indicação de que poderão ser necessárias mais subidas dos juros, mas a um ritmo mais lento do que o anteriormente sinalizado.

Além da pressão de Trump, a Fed enfrenta também as dúvidas dos investidores. As bolsas têm descido com o mercado a recear que a continuação da subida das taxas por parte da autoridade monetária dos EUA possa levar a maior economia do mundo a desacelerar.

Kyle Rodda, da IG Group, defendeu, em declarações à Bloomberg, que os investidores mundiais “acham que a Fed avaliou erradamente a situação e agora é apenas uma questão de tentar encontrar uma solução enquanto é possível”.

Por outro lado, Bob Doll da Nuveen, igualmente em declarações à agência de informação, adiantou que a “Fed tem sido um grande amigo do mercado de ações e eles estão agora a ser um bocadinho o inimigo e provavelmente vão ser ainda um inimigo pior antes de isto terminar”.

(Notícia atualizada pela última vez às 8:26)

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