Hora a hora, à medida que os mercados estão a abrir nas diferentes praças financeiras, as quedas sucedem-se com fortes variações negativas, na sequência da invasão da Ucrânia pelas tropas russas.
Na Rússia, a Bolsa de Moscovo teve uma queda história com uma perda superior a 30%, levando à suspensão da negociação.
A moeda (rublo), os títulos e as ações despencaram, levando o banco central a anunciar a sua primeira intervenção cambial destinada a reforçar a estabilidade financeira desde 2014, altura em que Moscovo anexou a Crimeia.
O rublo derrapou para uma baixa histórica de 89,60 face ao dólar e aproximou-se de um limiar crucial de 100 em relação ao euro – quando antes valia 70 por dólar e 81 por cada euro.
“Para estabilizar a situação no mercado financeiro, o Banco da Rússia decidiu iniciar intervenções no mercado de câmbio”, anunciou o regulador nesta quinta-feira, num movimento que ajudou a moeda a diminuir um pouco as perdas.
No resto da Europa, praticamente todas as praças apresentam quedas superiores a 4%, com Lisboa a cair, neste momento, mais de 3%
Na Alemanha, o Dax alemão cai 4%, em Madrid o IBEX cai 4.5% e o Cac-40 recua 3,9%.
De acordo com um operador de mercado citado pela agência Reuters, “face ao risco não há compradores e há muitos vendedores”
No mercado do petróleo, o cenário é também de crise: os contratos futuros do Brent fecharam na última noite com uma subida superior a 3,5%, ultrapassando os 100 dólares por barril, o que acontece pela primeira vez desde setembro de 2014.
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