As principais bolsas europeias estavam nesta segunda-feira em alta, a recuperar das perdas das últimas semanas, com os investidores animados pelas perspetivas de atuação de vários bancos centrais para conter os efeitos económicos da propagação do coronavírus.
Cerca das 08:40 em Lisboa, o Eurostoxx 600 subia 2,19% para 383,86 pontos.
As bolsas europeias oscilavam entre os ganhos de 0,46% de Milão e os de 1,85% de Frankfurt.
Nos mercados asiáticos, a tendência de recuperação é semelhante, com a bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, a fechar hoje a subir 3,15% para 2.970,93 pontos.
Shenzhen, a segunda praça financeira do país, avançou 3,65%, nas derradeiras transações do dia, para 11.381,76.
Durante o fim de semana, os EUA anunciaram medidas de emergência de contenção do vírus, enquanto, em Itália, o Governo anunciou que disponibilizará 3,6 mil milhões de euros de apoio à sua economia.
O Banco de Japão mostrou-se disponível para adotar medidas para abrandar o impacto económico da epidemia de coronavirus.
Também os ministros das Finanças do G7 e do Eurogrupo vão debater através de conferência telefónica a coordenação de respostas aos efeitos do novo coronavírus, disse hoje o Governo francês.
De acordo com o ministro das Finanças de França, Bruno Le Maire, a conferência telefónica vai realizar-se dentro dos próximos dias.
“Vamos realizar, esta semana, uma reunião por telefone porque é preciso evitar a deslocação dos ministros do G7, para coordenarmos respostas”, disse Le Maire à France 2.
Uma reunião semelhante, mas dos ministros do Eurogrupo está agendada para quarta-feira, adiantou Bruno Le Maire acrescentando que “são necessárias ações concertadas”.
A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, em dezembro de 2019, já infetou mais de 86 mil pessoas em 53 países de cinco continentes, das quais morreram cerca de três mil.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
O preço do petróleo Brent – de referência na Europa – seguia a subir até aos 50,85 dólares.
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