//Bolsas europeias em baixa, preocupadas com relações entre a China e os EUA

Bolsas europeias em baixa, preocupadas com relações entre a China e os EUA

As principais bolsas europeias estavam hoje em baixa, preocupadas com uma possível estagnação das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Cerca das 08:50 em Lisboa, o EuroStoxx 600 subia 0,01% para 389,15 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 0,16%, 0,13% e 0,05%, bem como a de Madrid, que recuava 0,18%. Milão era a exceção, mas só subia 0,03%.

Depois de ter aberto em baixa, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência e cerca das 08:50 o principal índice, o PSI20, descia 0,35% para 5.245,20 pontos.

Na terça-feira, os mercados ficaram preocupados com as declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que afirmou que as relações comerciais entre Washington e Pequim “têm um longo caminho pela frente”.

Nos Estados Unidos, hoje serão apresentados os resultados do Bank of America, IBM, Alcoa, Netflix, Bancorp e eBay.

Na Europa, o Eurostat publica os dados definitivos da inflação em junho na zona euro e na União Europeia.

Entretanto, os mercados continuam confiantes numa descida das taxas de juro tanto na zona euro como nos Estados Unidos.

As atas da última reunião de política monetária do BCE de junho – publicadas na quinta-feira – indicam que o Conselho de Governadores do BCE concorda que a instituição “precisa de estar pronta e preparada para expandir ainda mais a política monetária ajustando todos os instrumentos” devido ao aumento da incerteza.

Nas atas da reunião de política monetária do BCE em Vilnius em junho, a instituição afirma que as medidas consideradas incluem voltar a comprar dívida, descer as taxas de juro e prolongar mais a orientação que faz sobre a política monetária.

No início de junho, o BCE afirmou que espera que as taxas de juro se mantenham nos níveis atuais pelo menos até ao primeiro semestre de 2020, voltando assim a adiar a subida das taxas de juros dos depósitos.

Em relação aos Estados Unidos, os mercados também continuam confiantes numa descida dos juros depois do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), Jerome Powell ter alertado na quarta-feira para piores perspetivas económicas nos Estados Unidos devido às “tensões comerciais” e à “debilidade global”, numa clara referência da possibilidade de um corte das taxas de juro no final do mês.

Se finalmente a Fed descer as taxas de juro esta será a primeira vez desde 2008.

Na terça-feira, a bolsa de Wall Street terminou em baixa, com o Dow Jones a cair 0,09% para 27.335,63 pontos, contra o atual máximo desde que foi criado em 1896, de 27.359,16 pontos, registado em 15 de julho.

No mesmo sentido, o Nasdaq fechou a recuar 0,43% para 8.222,80 pontos, contra o atual máximo, de 8.258,18 pontos, verificado em 15 de julho.

A nível cambial, o euro abriu hoje em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1207 dólares, contra 1,1212 euros na terça-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu hoje em alta ligeira, a cotar-se a 64,44 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,09 dólares do que no fim da sessão anterior.

O barril de petróleo Brent esteve acima dos 85 dólares no início de outubro.

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