As bolsas europeias estão esta sexta-feira em alta, com os investidores à espera de conhecerem dados sobre o emprego nos EUA e animados após ter sido conhecido que uma delegação dos EUA visitará a China na próxima semana para iniciar conversações com vista a um acordo comercial.
Cerca das 08:35 em Lisboa, o Eurostoxx 600 seguia em alta de 0,76% para 336,47 pontos.
As bolsas europeias seguiam positivas, com Milão a avançar 1,11%, Frankfurt 0,98%, Madrid 0,83%, Paris 0,79% e Londres 0,74%.
Em Lisboa, o PSI20 seguia também a subir 0,89% para 4.788,24 pontos.
Na abertura da sessão, o crude Brent seguia a subir até aos 56,49 dólares, enquanto que o euro baixava até aos 1,1393 dólares.
Os investidores estarão esta sexta-feira a acompanhar a divulgação dos dados sobre a criação de emprego e a taxa de desemprego nos EUA, com a agência financeira Bloomberg, a estimar que a maior economia do mundo tenha criado mais 180 mil postos de trabalho em dezembro, enquanto a taxa de desemprego ter-se-á mantido nos 3,7%, um mínimo de 48 anos.
Também esta sexta-feira o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, e os seus predecessores Janet Yellen e Ben Bernanke vão estar reunidos, no mesmo painel, na conferência anual da Associação Económica Americana, em Atlanta.
Esta sexta-feira, o ministério chinês do Comércio confirmou que uma delegação norte-americana de alto nível visitará Pequim, na próxima semana, para negociar um acordo que permita apaziguar as disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
O adjunto para o Comércio dos Estados Unidos, Jeffrey Gerrish, vai liderar a delegação em conversas “ativas e construtivas”, segundo o comunicado do Ministério.
Este encontro poderá, por agora, acalmar as preocupações dos investidores com a economia dos EUA, que têm vindo a agravar-se perante os sinais de alarme na Apple, um setor industrial a arrastar os pés e o medo no mercado bolsista, com várias más notícias a provocarem esta semana uma descida acentuada dos índices em Wall Street.
Na quarta-feira à noite, o dirigente da Apple, Tim Cook, agravou o ambiente económico-empresarial norte-americano, ao anunciar que as vendas deste gigante da tecnologia não iriam ser tão boas quanto previsto e reduziu as previsões que já tinham sido consideradas tímidas.
Responsabilizou o arrefecimento da economia internacional e a valorização do dólar pelos problemas nas vendas dos iPhones, em particular na China, mas apontou sobretudo a guerra comercial promovida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, contra Pequim, o que agrava as incertezas dos consumidores chineses.
E os mercados norte-americanos ainda agravaram as perdas depois da publicação de um indicador relevante, que ensombrou as perspetivas da indústria nos EUA.
O índice ISM industrial registou em dezembro a sua queda mensal mais forte desde a crise financeira de 2008, recuando 5,2 pontos percentuais, em relação a novembro, para 54,1%.
Perante o arrefecimento no mercado bolsista, que Trump qualificou na quarta-feira como um “pequeno incidente”, prometendo a recuperação quando chegar a acordo com os chineses, um dos seus conselheiros económicos, Kevin Hassett, colocou a pressão sobre Pequim.
A Fed tornou a subir as taxas de juro em dezembro, para irritação de Trump, que não para de criticar o encarecimento do crédito. A instituição prevê pelo menos duas novas subidas em 2019.
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